domingo, 18 de janeiro de 2009

Continuação

...


Abri os olhos e percebi que continuava na enfermaria e continuava com a bata vestida. -"será que foi tudo um sonho?" - olhei para o sofa preto onde no suposto sonho o professor estava sentado e aproximei-me da cadeira deitando a cabeça e com as mãos tocava no sofá preto. - Ultimamente ando a sonhar com cada coisa - Ri-me fechando os olhos, toquei nos meus labios com a ponta dos dedos - Foi só um sonho Nádia, tu não estás apaixonada! - Levantei-me e respirando fundo começei a vestir rapidamente a roupa onde avistara em cima da cama e logo sai a correr da enfermaria.
Olhei para as horas ao mesmo tempo que corria - "Onze e meia? Já estamos assim tão tarde?" - Peguei no telemovel e reparei que tinha uma mensagem recebida. - "Nádia quando estiveres pronta da conversa vem ter conosco ao café Horizonte." Afinal não tinha sido um sonho! corei logo ao lembrar-me da situaçao que acontecera uns tempos atrás.

.....

Capitulo 2 [que ainda nao arranjei nome -.-]

Era tudo tão calmo e bonito...
- Nádia! Nádia!! - Nádia? Tinham de estragar esta paz agora? Abri os olhos e reconheci os olhos atentos que me avistavam por cima. - "Ora se não foi a Isabel que estragou o paraiso total".
- Graças a deus Nádia!! Estas bem! Estava a morrer de tão preocupada que estava - Olhei em volta desnorteada e percebi que estava na enfermaria por ser tão branca e aquele cheiro que odiava, o cheiro a hospital.
- Eu já estou bem, desculpa o problema. - Olhei para o lado onde está a janela onde esta dava para a frente da escola, por baixo havia um sofá.. e um professor? Skarth? O que será que esta ele a fazer aqui? Não se mexia, parecia uma autentica bela adormecida.
- Ele está aqui desde que fui a correr feita uma maluca à procura de ajuda, foi ele mesmo que te carregou para aqui imagina. - "ok não sou assim tão pesada para me dizeres como se fosse um grande sacrificio" suspirei e dei um risada suave. - Disseram-me que ele nunca dorme por causa de uma insomnia, pobre professor deve estar tão cansado. Tens tanta sorte por ter ele tao perto de ti. - Não percebia o porquê da sorte, apenas me habilitava a ser aluna para com ele, agora se tenho sorte não sei.
- Isabel desculpa, preciso de falar aqui com a bela adormecida. - Isabel não disse nada, apenas saiu em silencio fechando a porta. Sentei-me na cama no lado onde o professor estava e apercebi-me de que tinha vestido uma bata azul marinha. Como Skarth estava a dormir decidi então vestir a minha roupa ali mesmo. Tirei a bata devagar para não acordar o professor e peguei na camisola que estava em cima da cama. O silencio era desconfortante, parecia que algo me estava a avistar, olhei para tras e nada o professor continuava no seu sono profundo. Aproximei-me do mesmo e com a minha mão toquei de leve na sua bochecha pálida, - "que macia e fria." pensei logo sentindo algo a prender-me a cintura.
- Estás acordado!!! - Corei ao aperceber-me de que estava sem camisola abraçada ao professor de historia.
- Se continuares assim á frente de um homem nunca se sabe o que te pode acontecer, Nádia. - Apertava-me cada vez com mais força nao me conseguindo mexer, o seu cheiro deixava-me em transe e o seu respirar nos meus ouvidos fazia o meu coração explodir. Não percebo nada sobre paixões e o amor, mas porque é que com os nossos corpos assim sentia-me mais viva e feliz?
- Professor Skarth - Suspirei e o rapaz falara algo no meu ouvido que nao percebera, senti uma sonolencia e começei a fechar os olhos lentamente...


...

Continuação ~

Skarth agarrava-me a mão agora com mais força, correndo pelos corredores onde não se via vivalma.
-Skarth pára! Estás a magoar-me! - Gritei para o fazer parar, mas nada, continuava na sua corrida pelos corredores desconhecidos e escuros.
-Skarth!! - Finalmente o rapaz abrandava, não sabia o que fazer ele estava bastante estranho. - o que aconteceu? Para onde estamos a ir? - Perguntei mas nada dizia, apenas se ouvia o seu respirar ofegante misturado no meu. De repente abraçou-me com uma força sobrehumana empurrando-me contra a porta e um olhar de como estivesse a fazer o maior sacrifício do mundo
- A casa de banho feminina é nesta porta - olhou-me bem nos meus olhos e depois nos labios lambendo os seus. Só queria saber o que se estava a passar com este professor mas sabia que estava a gostar. Afastava-se de mim voltando a correr na direcção contraria. Fiquei a vê-lo desaparecer sem perceber nada.
- Nádia!! Estava preocupada! Porque estás especada à frente da porta? Já estamos em aula, sabias? - Disse Isabel com as suas pressas, olhei para ela. Sentia-me mais quente do que é normal, com suores frios, senti a mão quente de Isabel na minha testa. - O que te aconteceu, Nádia?! Estás a arder em febre!! - Mal ouvia o que Isabel estava a dizer, só sabia que ela estava a falar por ver os lábios dela a mexerem-se. - "Vou só fechar um pou...."
Sentia um vazio... Não sabia o que era... Era tudo calmo... Adoraria sentir-me assim em toda a minha vida...